“[..] quem ensina não tem ódio, quem é professor mesmo não tem ódio nenhum.” Milton Santos, 1998
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Lendo Jack Goody
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Radiografia da Mídia no Brasil
Banco de dados que desvenda como funciona o domínio dos meios de comunicação em nosso país: http://donosdamidia.com.br/
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
A ditadura não acabou
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Momento Ginkobiloba
Pra refrescar a memória do eleitor, denuncia de tráfico de influência contra Marconi, e captação ilícita de recursos contra Marconi e o atual governador Alcides. Deu na Época:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EDG83713-6009,00.html
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Sexismo e futebol
domingo, 6 de dezembro de 2009
O quarto poder e a farsa da objetividade científica
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Arruda em Goiás é mato!
Dúvido que o DM, O popular, TBC, JC, TV Goiânia, Record Goiânia, Serra Dourada noticiarão mais este escândalo.

Caixa de Pandora
De acordo com a Polícia Federal, as quatro empresas que prestam serviços para o governo local teriam levantado R$ 600 mil para que Arruda, supostamente, oferecesse os recursos à base governista. Primeiro, as empresas teriam repassado o dinheiro ao GDF que, por sua vez, o encaminharia aos aliados.
O governador Arruda, o vice-governador Paulo Octávio, assessores do governo do DF, deputados distritais e empresários são citados na operação da PF que aponta suposto esquema de corrupção com superfaturamento de contratos, irregularidades em licitações e pagamentos de propinas. A operação Caixa de Pandora foi deflagrada na última sexta-feira (27).
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu nesta segunda-feira (30) apresentar um pedido de impeachment contra o governador Arruda, por crime de responsabilidade. Contudo, o pedido ainda deverá ser analisado pelos conselheiros da seccional do DF.
Acompanhe o Contas Abertas no Twitter.
Amanda Costa e Milton Júnior
Do Contas Abertas
Eita goiazão véi!!!!
Estamos bem de candidatos para governador. O outro favorito, quebrou a Caixego, surrupiou o Beg, entre outras peraltices multirânicas. Enquanto isso, a grande mídia se cala! 29/11/2009 |
Pré-candidato, Marconi é acusado por problemas na primeira gestão |
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Foram duas as ações propostas pelo Ministério Público contra o senador que remetem ao seu período como governador de Goiás; situações envolvem Celg e propaganda ilegal Da Redação O Ministério Público de Goiás ofertou denúncia contra ex-governador e atual vice-presidente do Senado, Marconi Perillo, à Justiça por desvio de dinheiro e suspeita de caixa dois eleitoral. As acusações remetem ao período em que Perillo foi governador do Estado. O tucano cumpriu dois mandatos, de 1999 a 2006. O atual senador e pré-candidato ao governo de Goiás é acusado de improbidade administrativa, por ter autorizado a contratação de uma fundação do Rio de Janeiro para prestar serviços de consultoria à Celg. De acordo com informações do MP, ao realizar a quebra do sigilo da fundação carioca e das outras empresas envolvidas no caso, descobriu-se que parte do valor do contrato, que totalizava R$ 4,5 milhões, voltou para Goiás e teve como um dos destinatários o empresário Janides de Souza Fernandes, que foi presidente do extinto Banco do Estado de Goiás (BEG) durante o governo do tucano. Informações do jornal paulista Estado de São Paulo, que teve acesso à denúncia, Fernandes teria recebido em sua conta bancária R$ 561 mil. Campanha A quebra do sigilo bancário da Pro-UniRio apontou que, do valor recebido pela entidade, R$ 1,8 milhão foram sacados em dinheiro. Em depoimento à Promotoria, Rita dos Anjos, ex-funcionária da fundação, revelou que esse dinheiro teria sido destinado à campanha da hoje senadora tucana Lúcia Vânia à Prefeitura de Goiânia, em 2000. A testemunha declarou que um avião oficial do governo de Goiás teria pousado no Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio, para buscar o dinheiro. Perillo e Vânia negam e a senadora, mesmo citada diretamente na denúncia, está fora do rol de denunciados. A Pro-UniRio, extinta em 2002, era ligada à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Seu contrato com a Celg foi assinado em 2000. A missão da fundação era revisar as contas da estatal e tentar melhorar seu desempenho financeiro, principalmente na área tributária. A Promotoria alega que, após ser contratada, a fundação terceirizou o serviço. Como governador, Perillo assinou em 16 de março de 2000 ato que abriu caminho para a contratação. Bloqueio Em meio à sequência de transações, o Ministério Público detectou um saque em espécie de R$ 1,8 milhão – o dinheiro que, segundo a acusação, teria sido destinado à campanha municipal do PSDB goiano em 2000. A denúncia, assinada pelos promotores Fernando Krebs e Abrão Amisy Neto, foi ajuizada na última sexta-feira na 2ª Vara Cível de Goiânia - como a acusação é de improbidade administrativa, segundo o Ministério Público, não teria foro privilegiado. Na seara criminal, a contratação da Fundação Pro-Uni-Rio é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal. Os promotores pediram o bloqueio de bens dos réus – além de Marconi, outros 17, entre pessoas físicas e jurídicas – no valor necessário ao ressarcimento da Celg. No mérito, requerem a condenação nas sanções da Lei de Improbidade (artigo 12, II e III da Lei 8.429/92). Outra ação também é proposta contra Perillo Denúncia envolve o deputado Sandes Júnior e também remete a campanhas eleitorais frustradas Já em uma segunda ação, proposta no dia 24, o senador Marconi Perillo é acusado, juntamente com o deputado federal Sandes Júnior, de fazer uso indevido de propaganda eleitoral. Pelo documento, em setembro de 2004, o então governador Marconi teria organizado a veiculação da propaganda eleitoral de seu governo, abordando serviços realizados em Goiânia, logo após a propaganda partidária do então candidato a prefeito da capital, Sandes Júnior. Segundo averiguado pelo promotor de Defesa do Patrimônio Público, Fernando Krebs, as publicidades possuíam “nítida e indisfarçável semelhança, transformando a propaganda oficial – que não deve ter finalidade político-partidária – em extensão do programa eleitoral gratuito”. Dessa maneira, utilizando essas propagandas, pagas com dinheiro público, para beneficiar o candidato que estava apoiando nas eleições municipais de 2004, ele incorreu em ato de improbidade. Na ação, foi ressaltado que, à época, a propaganda foi declarada ilegal pela Justiça Eleitoral e suspensa. Assim, nesta ação, o Ministério Público de Goiás requer o bloqueio dos bens dos réus para o ressarcimento integral ao Estado da quantia gasta com as publicidades, no valor de R$ 215.578 mil, devidamente corrigidos. |
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Turbilhão Afrociberdélico
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Eu repudio a Uniban
Faxina étnica uma questão de classe
terça-feira, 3 de novembro de 2009
As escolas estão tomando consciência?
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Negro Drama: o rap rasura a história
Rimadores Pekizeiros: cultura hip-hop na roça asfaltada
sábado, 26 de setembro de 2009
Como se faz ou se deve fazer justiça no Brasil!
26/09 - 13:57 - Redação
SÃO PAULO - A artesã e estudante, Caroline Pivetta da Mota, de 23 anos, acusada de pichar as paredes do pavimento da 28º Bienal de São Paulo, foi condenada nesta sexta-feira a quatro anos de prisão, em regime semiaberto, por formação de quadrilha e destruição de bem protegido por lei. A informação é do jornal "Folha de S. Paulo".
De acordo com a reportagem, a jovem não vai ficar presa, já que a Justiça permitiu que recorra em liberdade. O advogado Augusto de Arruda Botelho, que defende Caroline, vai recorrer.
Caroline havia sido solta no dia 19 de dezembro de 2008 após mais de 50 dias na prisão. No dia da pichação, a jovem foi detida pelos seguranças e levada ao 36º Distrito Policial (Paraíso). Três dias depois foi presa na Penitenciária Feminina Sant’Ana, no Carandiru. Ré primária, dividia a cela com uma detenta.
Primeiros dois comentários:
Fernando
Acho q esta menina tem q pagar sim, ser presa enfim. Mas, Sarney, Gilmar Mendes (banqueiro Dantas !!!!!), Edmar Moreira (deputado do castelo), Renan Calheiros, PT, Alckmin e seu filho envolvido com contratos suspeitos com a saúde paulista, a filha do Alckmin e a Daslu.... Entre tantos outros... Prender a menina e deixar estes soltos é revoltante.
Macieira
Me lembro bem desta reportagem em que uma jovem foi presa por pichar a Bienal. Ela tentou fugir dos seguranças que a prenderam, sua mãe alegou que tinha problemas com ela pois era muito rebelde, mas que achava que ser presa e colocada em um carro de polícia era humilhante demais, ainda ficou de debolhe na viatura, rindo e abrindo a boca e fazendo caretas. Essa criatura é rebelde sem causa, porque não canaliza essa energia toda para fazer uma faxina em casa de família, encarar um tanque de roupa ou trabalhar duro na lavoura cortando cana de sol a sol. É mais um caso de um desocupado e mimado pelos pais, assim como aquele jovem que pichou as paredes do colégio e a mãe achou que era um absurdo fazer que o filhinho vagabundo dela, limpasse o que sujou. Trabalhar ninguem quer, mas fazer besteira, sujar e depredar o que não lhe pertence é muito fácil, ainda vem o advogado dessa vagaba, dizer que picher não é depredar. Pena que não picham o carro dele todo, a redidencia dele e seu escritório. Advogado de vagabundo vagabundo é, quem tem que ter defesa são pessoas de bem e não essa corja de desocupados que se cha por aí. Pena que aquele atirador de eleite que matou o meliante aqui no RJ ontem, não se achasse lá para meter fogo nessa nulidade que pichou a bienal.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/09/26/sinopse+de+imprensa+justica+condena+pichadora+da+bienal+a+quatro+anos+de+prisao+8656971.html
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Tirem Jesus do ar


Aqui o sinal da SescTV é retransmitido pela FonteTV (http://www.fontetv.com/ - não há nenhuma descrição ou definição da missão, dos objetivos, princípios que norteiam o uso da concessão publica pelo Sistema Fonte de Comunicaçao, apenas uma mera propaganda do conteúdo da programação), que de educativa só tem o nome. O pior é que sem fiscalização e sem a intervenção da sociedade organizada a concessão deverá continuar nas mãos de quem faz proselitismo eufemisado como educação.
Além de termos que suportar os programas dos cultos, na programação local temos programs de péssimo mau gosto e de qualidade duvidosa, como um feito para crianças (http://www.youtube.com/watch?v=R3jqrQ5PEEY) - patético -, e o pior, programas policiais, "Goiás contra o crime", apresentado por Deco Martins (http://www.youtube.com/watch?v=2ovke-dD9-A), não vejo nada de educativo, e ainda têm nos seus comerciais uma legenda de apoio cultural, quando sabemos que são "comerciais" no sentido literal do termo.
Ainda mais interessante, para não dizer tétrico, é o personalismo que gira em torno do Apóstolo e seu filho deputado, aliás o familismo amoral não é algo novo em nossa cultura social e política (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69091998000100006), mas o pior sou eu fazendo propaganda.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Marina Silva e nosso futuro
Quem sabe Marina Silva possa por em prática suas idéias como presidente do Brasil.
Do pré-sal ao pós-carbono
07/09/2009
domingo, 30 de agosto de 2009
Eita blog caro este do Edir Macedo
Não somos racistas?
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Refresco à memória
O buraco de 20 bilhões - Eurico Barbosa
16/06/2009
Quando começaram a se tornar evidentes os sinais do espectro financeiro negativo do Estado de Goiás, ao final dos oito anos de governo do sr. Marconi Perillo, o ex-governador, hoje senador, procurou jogar a culpa no secretário da Fazenda Othon Nascimento Júnior. Este concedeu entrevista defendendo-se. Salientou, com toda razão, que a função dele, como dirigente fazendário, não era a de ordenador das despesas, mas, sim, de cuidar da arrecadação, ou seja, da receita. O autor das ordens de despesas era o chefe do Executivo, o governador. O sr. Marconi Perillo não teve como contestar. Assim como não pôde negar que Othon Nascimento Júnior fora o negociador do acordo com o Banco Itaú, mediante o qual esta instituição bancária respondeu pela folha de pagamento do funcionalismo em um momento de suma gravidade para as finanças goianas, como contraprestação do direito de ser a depositária da arrecadação do Tesouro estadual.
Hoje, graças à transparência do governo Alcides Rodrigues, à sinceridade do secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, sabe-se que o endividamento do governo anterior – que paradoxalmente se autodenominava Tempo Novo – atingiu à fantástica soma de 20 bilhões de reais e que Goiás arcava com déficit mensal de 100 a 110 milhões. Digo arcava porque, na semana passada, foi revelada a superação de tal déficit como consequência do rigor na economia de gastos posta em vigor na gestão atual. Saudemos a ótima notícia.
Por que o Estado de Goiás deve 20 bilhões, uma dívida que nunca foi negada? (Os números revelados pelo atual governo não foram desmentidos.)
Eis uma pergunta que é fácil de se responder genericamente, mas difícil de ter a resposta detalhada. Genericamente fácil porque se sabe que o governo anterior ao de Alcides Rodrigues, a fim de construir boa imagem pessoal do seu dirigente, que, no primeiro mandato, era candidato à reeleição, no segundo, a senador e, hoje, já é declaradamente postulante a voltar para o Palácio das Esmeraldas, praticava muito mais lances políticos do que administrativos. Quando, por exemplo, aconteceu a vitória de Iris Rezende na eleição de prefeito de Goiânia, imediatamente, ou seja, dois dias depois, o governador do Estado anunciou o subsídio parcial da passagem de ônibus. O órgão responsável por esse subsídio passou a ter prejuízo, tornou-se deficitário. Subsidiar para se endividar é uma política correta? Obter dividendos políticos sacrificando o erário é cômodo, é fácil. Mas não atesta bom governo.
Já focalizei aqui que aquele governo estipendiava cerca de 400 órgãos de imprensa falada e escrita, inexpressivos jornais semanários, quinzenários e até mensários e emissoras de rádio de audiência meramente local ou parcialmente regional. Tudo sem licitação.Em quanto importaram esses gastos injustificáveis naqueles oito anos? Claro que foi um montante grande, mas impossível de se detalhar, pois não houve transparência, não foi tornado do conhecimento público.
O até hoje ocioso Centro Cultural Oscar Nyemeier foi inaugurado em abril de 2006 e até hoje é obra não concluída. E ficou pelo dobro do preço orçado no início.
Ninguém sabe e ninguém explica por que Goiás passou a dever 20 bilhões de reais. Mas todo mundo sabe, todo mundo vê que nada se fez de 1999 a 2006 com relação a obras de infraestrutura. Esta, a infraestrutura econômica e administrativa do nosso Estado, se construiu ao longo de várias décadas, pelos governos Pedro Ludovico Teixeira, Jerônimo Coimbra Bueno, José Ludovico de Almeida, José Feliciano, Mauro Borges Teixeira, Otávio Lage de Siqueira, Leonino Caiado, Irapuan Costa Junior, Ary Valadão, Iris Rezende, Henrique Santillo e Maguito Vilela. De 1999 a 2006, em termos de construção infraestrutural, nada foi construído. Adotaram-se até algumas medidas simpáticas, politicamente rentáveis. Mas não há como justificar o buraco de 20 bilhões.
Eurico Barbosa - é escritor, presidente da AGL, advogado, jornalista e escreve neste jornal às terças-feiras (eurico_barbosa@hotmail.com)
http://www.dm.com.br/materias/
Veja ainda no Youtube:
Acusações da PGU: http://www.youtube.com/
Dinheiro da Educação: http://www.youtube.
Corrupção: http://www.youtube.
Papéis!!!
Hoje em matéria do jornal Hoje, sobre a depredação de uma delegacia em Cururupu no interior do Maranhão, a todo instante a repórter remetia-se à selvageria das pessoas que agiram, mas não por serem selvagens, mas sim pela desconfiança na polícia, na justiça de seu estado, mas também do Brasil. O incoformismo e a ação revoltosa contra a apatia, e o sentimento de injustiça, sempre são taxados de vandalismo e selvageria, aparecendo aí os traços do racismo que é a base da estrutura desigual e autoritária de nosso país e do próprio sistema-mundo. O que me fez lembrar outro episódio onde um grupo do MST visitou uma faculdade de "ciências humanas e filosofia” e o diretor pediu para fechar as portas para que os vândalos não entrassem no espaço público.
Produzir saber, educar podem e devem ser saídas para a melhoria das condições de desrespeito a dignidade humana, mas será que estamos no caminho certo? O artigo abaixo longe de ser mera coincidência é o espelho do que vivemos em Goiás. Comparando os editais para o cargo de professor de educação básica de Goiás (para cadastro de reserva) e Tocantins (2.198 vagas) percebemos como aqui o desrespeito começa com o vencimento que é praticamente a metade do nosso estado irmão. Um professor com 40 horas em Goiás irá receber R$ 1.209,08 (20 horas= R$ 604,54), enquanto lá chegaria a R$ 2.181,60 (20 horas= R$ 1.090,80), é brincadeira? Não. É a política dos coronéis. O episódio do senador fazendo gestos de que o dinheiro da educação estaria no bolso é exemplar.
O Tempo, 27/08/2009 - Belo Horizonte MG
O professor e seu papel
Walakson A. Simões
Com dez anos de experiência, acredito que a educação está passando por um período crítico, de grandes conflitos. É preciso repensar. Antes, possuíamos uma educação extremamente punitiva e excludente. Hoje, estamos atravessando um processo de mudanças que visa à inclusão social, respeito às diferenças e valorização das habilidades múltiplas. Porém, devido aos falsos conceitos e preconceitos arraigados, ainda engatinhamos rumo a uma educação verdadeiramente inclusiva e de qualidade.
A repressão excessiva e a punição foram substituídas por um excesso de liberdade. O próprio sistema capitalista corrompe as crianças e os jovens diariamente, incentivando o consumismo, como se o ter fosse mais importante que o ser. Os jovens estão perdidos, implorando por limites. O ter não preenche o vazio existente. Crianças e jovens não possuem maturidade para compreender tal fato e se sentem cada vez mais sem referência. Aumentam a frustração e a falta de perspectiva. O professor não está dando conta de tantos papéis: ser pai, mãe, amigo, psicólogo, assistente social, entre vários outros. Criou-se uma escola para todos, que visa atender à demanda dos alunos, mas não foi equipada para tal. Existe a necessidade de profissionais preparados para atuar em parceria com os professores. O número de mestres com problemas de saúde é preocupante. Não existe tempo para o planejamento e troca de experiências, para o atendimento às necessidades individuais dos alunos. A educação inclui o conhecimento acadêmico, mas também o lado humano.
A escola é o primeiro ambiente que uma criança freqüenta longe de seus pais e deveria ser um espaço agradável. No entanto, os ambientes físicos são os piores possíveis. Salas de aulas reduzidas em relação ao elevado número de alunos, carteiras desconfortáveis, a maioria com quadro negro e giz, telhados de amianto e péssima circulação do ar. Não existem áreas de lazer adequadas, enfim, há uma série de irregularidades. As políticas governamentais objetivam, na maioria das vezes, interesses quantitativos, números que podem ser convertidos em "bônus". Quanto maior o índice de pessoas com diplomas de escolaridade, maiores são as verbas repassadas às diversas instâncias do Poder Público. O qualitativo é, na maioria das vezes, ignorado. Exames em nível estadual e nacional são aplicados periodicamente para avaliar o grau de desempenho dos alunos. Quais são as regras usadas nessas avaliações? Como uma mesma avaliação pode ser aplicada sem considerar as diferenças socioeconômicas e culturais de cada comunidade? As teorias educacionais minimizam o problema, ao responder às questões atuais, delegando aos profissionais da educação responsabilidades que não são especificamente deles, e, sim, reflexo da conjuntura econômica e social. Punir e culpar o professor por um fracasso que é reflexo de uma sociedade consumista, desigual, desumana, competitiva.