sábado, 26 de setembro de 2009

Como se faz ou se deve fazer justiça no Brasil!

Sinopse de Imprensa: Justiça condena pichadora da Bienal a quatro anos de prisão
26/09 - 13:57 - Redação

SÃO PAULO - A artesã e estudante, Caroline Pivetta da Mota, de 23 anos, acusada de pichar as paredes do pavimento da 28º Bienal de São Paulo, foi condenada nesta sexta-feira a quatro anos de prisão, em regime semiaberto, por formação de quadrilha e destruição de bem protegido por lei. A informação é do jornal "Folha de S. Paulo".

De acordo com a reportagem, a jovem não vai ficar presa, já que a Justiça permitiu que recorra em liberdade. O advogado Augusto de Arruda Botelho, que defende Caroline, vai recorrer.

Caroline havia sido solta no dia 19 de dezembro de 2008 após mais de 50 dias na prisão. No dia da pichação, a jovem foi detida pelos seguranças e levada ao 36º Distrito Policial (Paraíso). Três dias depois foi presa na Penitenciária Feminina Sant’Ana, no Carandiru. Ré primária, dividia a cela com uma detenta.

Primeiros dois comentários:
Fernando
Acho q esta menina tem q pagar sim, ser presa enfim. Mas, Sarney, Gilmar Mendes (banqueiro Dantas !!!!!), Edmar Moreira (deputado do castelo), Renan Calheiros, PT, Alckmin e seu filho envolvido com contratos suspeitos com a saúde paulista, a filha do Alckmin e a Daslu.... Entre tantos outros... Prender a menina e deixar estes soltos é revoltante.


Macieira
Me lembro bem desta reportagem em que uma jovem foi presa por pichar a Bienal. Ela tentou fugir dos seguranças que a prenderam, sua mãe alegou que tinha problemas com ela pois era muito rebelde, mas que achava que ser presa e colocada em um carro de polícia era humilhante demais, ainda ficou de debolhe na viatura, rindo e abrindo a boca e fazendo caretas. Essa criatura é rebelde sem causa, porque não canaliza essa energia toda para fazer uma faxina em casa de família, encarar um tanque de roupa ou trabalhar duro na lavoura cortando cana de sol a sol. É mais um caso de um desocupado e mimado pelos pais, assim como aquele jovem que pichou as paredes do colégio e a mãe achou que era um absurdo fazer que o filhinho vagabundo dela, limpasse o que sujou. Trabalhar ninguem quer, mas fazer besteira, sujar e depredar o que não lhe pertence é muito fácil, ainda vem o advogado dessa vagaba, dizer que picher não é depredar. Pena que não picham o carro dele todo, a redidencia dele e seu escritório. Advogado de vagabundo vagabundo é, quem tem que ter defesa são pessoas de bem e não essa corja de desocupados que se cha por aí. Pena que aquele atirador de eleite que matou o meliante aqui no RJ ontem, não se achasse lá para meter fogo nessa nulidade que pichou a bienal.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2009/09/26/sinopse+de+imprensa+justica+condena+pichadora+da+bienal+a+quatro+anos+de+prisao+8656971.html

3 comentários:

  1. Não fico revoltado, mas perplexo com o que algumas pessoas escrevem sobre um caso como esse. O comentário do "Macieira" é simplesmente um dos absurdos mais intrigantes que já li nessas notícias que podem ser comentadas nos jornais. Totalmente incapaz de entender um mínimo do que é o Brasil real que 189 999 999 pessoas vivem e padecem.
    Contudo, podemos ler as coisas por outro lado. A arte é uma granada mesmo, que explode querendo ou não os atiradores de elite da ignorância - que aplaudem o assassinato de um jovem pobre e a prisão de um artista rebelde, mas se deliciam na arte clausurada, sufocada, da Bienal. Nada mais mortal para a Arte, como diria Octavio Paz, do que as instituições.
    A granada que aquele assaltante morto segurava também representa um perigo para as mesmas pessoas: ela é símbolo de um conflito social avassalador. Naquele dia conseguiram impedir que a granda explodisse. Mas até vão prender artistas revoltados e matar assaltantes pobres? Até quando vão segurar tantas granadas? Um dia todas elas hão de explodir ao mesmo tempo.

    ResponderExcluir
  2. Sim, sim, da Fronteira, não se poderá abafar todas. A arte é irreprimível, assim, como a sede por justiça, igualdade, enfim, reconhecimento. Prega-se através da grande mídia que estamos vivendo um tempo sem lei, de vandalismo e libertinagem, mas na verdade o que vivemos é uma luta dos poucos que mantém sob suas rédeas o controle do capital e de uma certa “moral”, na tentativa de manter um estado de sítio, a retórica da segurança imprime um discurso e ações que fomentam um estado policialesco e violento. Portanto, como os meios de comunicação estão nas mãos destes mesmos poucos cria-se uma idéia de que todos estão a mercê da violência dos fascínoras, temendo inclusive que o barraco de madeira seja invadido pelo MST.

    ResponderExcluir
  3. Acredito que se a 'Pivetta' e seus amigos (ela não estava sozinha)fizeram akilo por puro vandalismo devem ser julgados mesmo nos moldes da lei; Contudo, será q ninguém pensou q isso poderia ser uma espécie d protesto artístico? No ano passado a própria Bienal resolveu deixar um andar da exposição vazio, isso causou tanta polêmica, surgiram tantas hipóteses pra isso, desde crise financeira da Instituição até crise da própria produção de arte.. era natural que surgisse algum tipo de protesto ou manifestação artisticamente motivado. Acho meio ridículo crucificarem a garota dessa maneira, sei lá.... país de merda néam?!

    ResponderExcluir