sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PSDB, a mídia e o silêncio premeditado!

Fonte: http://democraciapolitica.blogspot.com/2011/11/folha-e-psdb-who-cares-brazilians.html
O silêncio em relação ao conteúdo do livro "Privataria Tucana" é estarrecedor e apenas confirma a partidarização da imprensa no Brasil e sobretudo em Goiás onde os tucanos governam. Abaixo segue link do blog 'Brasil Que Vai' que reproduz matéria do jornal Valor Econômico criticando o silêncio premeditado:

Brasil queVai!: Editora de política do Valor Econômico chama impre...: Artigo da jornalista Maria Cristina Fernandes do jornal Valor Econômico coloca o dedo na ferida com relação ao silêncio que a mídia faz ...

Em relação ao livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr. estou aguardando chegar, pois precisei encomendá-lo via internet, e o interessante que pelo site da livraria da Folha (http://livraria.folha.com.br/catalogo/1174618/a-privataria-tucana), pois aqui em Goiânia o estoque da livraria Saraiva foi comprado por uma única pessoa e, segundo o vendedor, não se pode encomendar o livro, conforme orientação da gerência. 
Depois dizem que a esquerda quer censurar a mídia, me engana que eu não gosto! 

domingo, 18 de setembro de 2011

ESCLARECENDO O DESPOTISMO NA UEG - considerações a partir de algumas pistas

Despotismo que se quer esclarecido? Sabemos que não há desenvolvimento acadêmico, produção de conhecimento de alto padrão quando interesses partidários e eleitoreiros obstruem a autonomia universitária. 
Antes de continuar é interessante entendermos como surge um despota esclarecido em Goiás. Matéria de Rubens Santos no Estado de São Paulo de 20 de outubro de 2007 me parece ser um vestígio importante:
O curso especial de Direito que a Faculdade Alves Faria (AlFa) abriu neste ano para atender uma turma especial - formada pelo senador Marconi Perillo (PSDB) e sua mulher, Valéria - pode deixar de existir. (Matéria completa: http://va.mu/FdOF)
Outro vestígio é a outorga de grau concedida pela reitora da Universidade Federal de Goiás ao então Governador: 
Reitora da UFG, Milca Severino, concede título de Doutor Honoris Causa a Marconi Perillo em 14/12/2005. Fonte: http://va.mu/FdOH Em 2007 Milca  foi empossada como Secretária da Educação do Estado de Goiás.
Voltando à UEG, temos convivido, desde sua criação em 1999, com os desmandos de certos grupos que se aferram para manter sob suas mãos os parcos recursos destinados à instituição.  Como bem demonstrou o professor Ronaldo Angelini:
Para poder candidatar-se novamente em 2004, o sr. Izecias e o Conselho Universitário da UEG (órgão máximo da Instituição) alteraram uma vez mais o Regimento (3 meses antes da eleição, na reunião de 24/05/2004) e então ele foi o candidato vitorioso tendo como vice o atual reitor, Luiz Antonio Arantes.

Acontece que as alterações no Regimento ou Estatuto da UEG devem necessariamente ser homologadas pelo governador para ter validade jurídica, como prevê o artigo 213 do próprio Regimento e isto simplesmente não foi feito. Assim, a eleição do sr. Izecias e seu vice em 2004 se não foi totalmente ilegal, foi, no mínimo, à margem da própria legislação da Universidade. Fonte:http://va.mu/FdOK
A UEG serviu ainda para empregar correligionários, cooptar novos militantes. Devido a sua capilaridade, também foi usada como trampolim político, e a candidatura do reitor José Izecias à Deputado Federal em 2006 é a evidência. Trecho de matéria do Jornal Estado de Goiás de setembro de 2006, apresentava uma acusação de crime eleitoral cometida por Izecias e envolvendo a diretora da Unidade Universitária de Formosa:
No final do mês de agosto, o candidato a deputado federal José Izecias pelo PSDB foi flagrado em Formosa – GO fazendo propaganda eleitoral irregular. O fato foi descoberto pelo promotor de justiça Heráclito D’Abadia Coelho que se encontrava em atividade de fiscalização das eleições. Juntamente com o Juiz Eleitoral da cidade foram até o local e paralisaram o evento que estava designado como apenas uma confraternização de professores.

Foi no dia 21 de agosto que a diretora da Universidade Estadual de Goiás (UEG), unidade Formosa, Ivani Marisa Kaiser, assinou um contrato de locação com o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Querência Formosa – entidade social – para realizar um evento designado como reunião com reitores de Goiânia – GO. O valor pago pelo aluguel em cheque da própria diretora, R$ 100, seria para cobrir alguns custos do local. Leia a matéria completa: http://va.mu/FdON
O mesmo despotismo que se quer esclarecido, tensiona manter a ignorância e, sob o véu do salvacionismo e da meritocracia impõe com "mão de ferro" à comunidade universitária uma universidade que serve aos interesses partidários e de poder do grupo do tempo novo e não ao real desenvolvimento da formação de professor e das ciências no estado de Goiás. 
Um dos primeiros atos do governo estadual em 2011 em relação à UEG foi empossar uma vice-reitora à revelia da comunidade universitária, passando por cima do Conselho Universitário. Até aí nada de mais se pensarmos na fajutice da composição do CSU, já apontada, a algum tempo, pelo professor Marcelo Sena e o Fórum de Defesa da UEG: http://va.mu/FdNe
Assim, desde fevereiro temos uma vice-reitora biônica, uma interventora, como nos tempos de Vargas ou mais recentemente durante a Ditadura Militar.
Através do Fórum, estudantes, professores e funcionários questionaram a intervenção, inclusive com um piquete em frente a reitoria no dia 11 de maio: http://va.mu/FdNd
A justificativa e o escamoteamento da questão foi defendida pelo governo através do Jornal Opção, na coluna Bastidores:
UEG pode ser recuperada?

Professores, alunos e funcionários da Universidade Estadual de Goiás são sérios. Mas a gestão do reitor Luiz Arantes, conhecido como “o Alcides Rodrigues da UEG”, é uma desastre do ponto de vista administrativo e educacional. A UEG parou no tempo e está perdendo professores gabaritados. O triunvirato liderado pela doutora Eliana França tem o objetivo de organizar a universidade.
(...)
Eliana França, como pró-reitora, não é interventora, como espalham os aliados de Luiz Arantes. Experimentada educadora, ex-secretária da Educação do Estado, professora da Universidade Federal de Goiás, Eliana França chega para tentar melhorar a UEG, para torná-la mais qualificada e, portanto, respeitada. A UEG não pode e não deve ser vista como um “supletivo melhorado”. A UEG é a única universidade brasileira cujo reitor não tem nem mestrado e nem notório saber em qualquer área do conhecimento. Os professores não conhecem um texto científico do reitor. O objetivo, a partir de agora, é torná-la mais meritocrática do que política (verdadeiro cabidão de empregos para apaniguados).

No governo anterior, Luiz Arantes gostava de dizer que viajava de avião com Alcides Rodrigues e que era da cozinha do secretário da Fazenda, Jorcelino Braga. Ainda assim, não pedia aumento de verbas para a universidade. Aceitava todos os cortes calado, possivelmente até aplaudindo.

Apesar das críticas, é preciso frisar que Luiz Arantes é íntegro, sério. Mas não é gestor nem educador. É o homem errado no lugar errado. Fonte: http://va.mu/FdNc
Seria o triunvirato um cabide de emprego? Algumas pistas podem ajudar a responder esta questão: 
Eliana França foi nomeada pelo governador para assumir a presidência da FAPEG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás), mas não conseguiu assumir já que o estatuto da fundação desabona o desmando, pois para presidir o principal órgão de fomento à pesquisa do estado é necessário que seja doutor, porém Eliana Maria França Carneiro não possui nem o currículo Lattes cadastrado: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do, mas sabemos que doou R$ 100,00 para a campanha de Sandes Júnior do PP para prefeito de Goiânia. Outros dados são:
Graduada em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, é Professora aposentada da Universidade Federal de Goiás, onde foi Diretora do Departamento de Atividades Acadêmicas e Pró-Reitora de Graduação. Foi Secretária de Estado de Educação de Goiás nos dois Governos de Marconi Perillo. Fonte: http://va.mu/FdN2
Como na UEG o regimento foi manipulado para garantir a eleição de um reitor não concursado e sem capacitação, a intervenção pôde ser efetivada, segue trecho de matéria do jornal Tribuna do Planalto que confirma minha suposição:
A Universidade Estadual de Goiás esteve também no centro de uma contenda envolvendo o governo e representantes de alunos e professores. Ao indicar o nome de Eliana França, que não conseguiu assumir a presidência da Fapeg (Fundo de Amparo à Pesquisa de Goiás), o governador foi alvo de críticas de que teria feito uma intervenção na Universidade. Fonte: http://va.mu/FdNp
Confira ainda o anúncio das nomeações feitas por Marconi Perillo para compor sua equipe de governo: http://www.goias.gov.br/index.php?idMateria=93610
Outro membro do triunvirato é Gerson Santana Fallacci, filiado ao PHS, partido que compôs a coligação Goiás Quer Mais. Ex-vereador, foi presidente da Câmara em Anápolis, com ampla experiência acadêmica e know how administrativo à frente de sua loja de roupas Fallaci Jeans & Cia assume a Pró-Reitoria de Planejamento, Gestão e Finanças, e de pronto afirmou: haverá mudanças http://va.mu/FdNz. Enfim, meritocracia ou acomodação de aliados políticos, também conhecido como cabide de empregos? Aqui temos algumas dicas: http://va.mu/FdN0
Eliana França presidiu desde março uma comissão de reestruturação que segundo o Secretário de Ciência e Tecnologia Mauro Faiad tinha o seguinte objetivo:
Essa comissão, hoje, está focada em faze o diagnóstico da sua real situação. Realizamos uma série de audiências públicas, debates com reitores de outras universidades, e estamos elaborando um estudo aprofundado. Logo, de posse do relatório, pois não basta um diagnóstico, conceberemos uma série de medidas corretivas, com o objetivo de colocar a UEG de novo no eixo que lhe proporcionará desempenhar um papel de protagonista no crescimento econômico-social de nosso estado na próxima década. Fonte: http://va.mu/FdN5
Mas o quê Faiad realmente quis dizer com 'colocar a UEG de novo no eixo'? A resposta veio com a apresentação do relatório feito pela comissão e foi publicada na coluna Giro do jornal O Popular no dia 17/09/2011: 
A consolidação da UEG, o desenvolvimento da autonomia necessária para se chegar à excelência acadêmica, mais uma vez fica para depois. Além de termos a confirmação de que a intervenção existe, apesar de não ser assumida e ainda manipulada pelo jornalista como uma possibilidade futura, fica claro de que a intenção é tirar o atual reitor e seus apaniguados e em seu lugar colocar gente de confiança de Marconi Perillo. Normal, mas para uma universidade que está entre as últimas na avaliação do INEP, o despotismo continuará colocando interesses partidários e politiqueiros à frente da produção de conhecimento e formação de pessoal qualificado para assumirem os desafios colocados para nós goianos:
Cinco universidades públicas apresentaram, pelo segundo ano consecutivo, baixo desempenho na avaliação do Ministério da Educação (MEC). As Universidades de Rio Verde (Fesurv), Estadual de Alagoas (Uneal), Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), Estadual de Goiás (UEG) e Estadual de Roraima (Uerr) tiveram, em 2008 e 2009, Índice Geral de Cursos da Instituição (IGC) igual a 2. Fonte: http://va.mu/FdNP
Em junho a UEG deveria apresentar um relatório para recredenciamento, porém, não se cumpriu o Protocolo de Compromisso celebrado entre a UEG e o CEE com a interveniência da Procuradoria Geral do Estado em 6 de outubro de 2006, confira: http://va.mu/FdOO
Ao que parece mais um jogo de cena, e infelizmente o CEE não tomou as medidas cabíveis apesar do descumprimento do compromisso. 
Eu particularmente não vejo com bons olhos todo o desenrolar da farsa estrelada pelo Governo do Estado de Goiás em relação à UEG. Alguns colegas querem crer que agora  com a publicação do relatório pela comissão de reestruturação teremos melhorias nas condições estruturais e pontuais na instituição. Aguardarei o acesso à integra do relatório para analise e comentário.
Apesar de todo imbróglio acredito que os professores continuam desempenhado seu papel com afinco e perseverança, mas para a UEG dar um salto de qualidade isso não basta, é preciso que o governo do estado desista do controle despótico e deixe a comunidade universitária livre para construir uma verdadeira universidade pública e de qualidade que os goianos merecem. 

domingo, 4 de setembro de 2011

Fascismo estatal e a indiferença do cidadão de bem

Na semana da pátria, que tal refletirmos sobre os outros e nós mesmos? 
O fascismo bate a nossa porta, e é preciso contestá-lo com todas nossas forças.

A criminalização do artista - Como se fabricam marginais em nosso país from Rafael Lage on Vimeo.

Para complementar um texto do jornalista Leonardo Sakamoto que reflete sobre o caso dos imigrantes e a mimesis de uma característica européia perversa: http://blogdosakamoto.uol.com.br/2011/09/02/estamos-mais-parecidos-com-a-europa-infelizmente/


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Da série #absurdotragico: CowParade

Reproduzo aqui artigo de PX Silveira que questiona a administração municipal de Goiânia pelo absurdo de gastar dinheiro público com a CowParade, principalmente pelo valor de 1,5 milhão de reais. PX destaca que o volume de isenções dadas para o setor artístico-cultural pela lei de incentivo municipal no ano de 2010 foi de 1.870 milhão de reais. Essa história me fez lembrar de Darci Acorssi,  prefeito de Goiânia pelo PT (1993-1996), que junto com a iniciativa privada quase transformou Goiânia em 'capital country' do Brasil.
Fotte:http://www.dmdigital.com.br/index.php?edicao=8684&contpag=1

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Um pouco de respeito quando você chegar em casa

As manifestações violentas que vêm ocorrendo em Londres nos chamam a atenção para a emergência de velhas ideologias racistas e autoritárias (veja a análise de Vladimir Safatle, Colapso Moral) nas políticas governamentais do velho mundo. Ao mesmo tempo demonstram que não passarão incólumes, pois as reações aglutinam diversas demandas de uma multiplicidade de indivíduos e grupos sociais que solicitam basicamente uma atitude das autoridades estabelecidas: respeito.
Vejamos o depoimento de Darcus Howe à BBC:
Agora a analise do sociólogo Silvio Caccia Bava:
Podemos aqui entender as manifestações em Londres para além da visão nebulosa que o jornalismo das redes de TV querem nos empurrar goela abaixo, criminalizando as mobilizações populares. A esta prática dei o nome de datenismo, que é a tentativa de definir como marginais a todos individuos que se revoltam contra a verdadeira violência impetrada pelos agentes de Estado, seja ela direta através das forças policiais, seja indireta através das políticas de corte de gastos nas áreas sociais. Neste sentido os âncoras da Globo News também precisam pedir desculpas. 
Me junto a Howe para pedir respeito através da voz maravilhosa de Aretha Franklin: um pouco de respeito quando você chegar em casa (através das antenas e cabos):


segunda-feira, 13 de junho de 2011

A cabeça que rola

Um breve devaneio de retorno às postagens. Estou vivendo vários mundos, difícil manter a frequência por aqui, talvez em julho termine dois posts em rascunho.

 Eduardo Galeano e um outro mundo possível.
O espírito da Praça Catalunya teria levado Galeano a guilhotinar os intelectuais? Talvez, nesta conversa jogada fora, Galeano se aproxime de uma certa visão africana ocidental, da unidade cósmica - ver Tradição Viva, de Hampâté Bâ, para definir o sentido do fazer um outro mundo 'melhor'. O que seria uma perspectiva diferente do binárismo derrotista que parece prevalecer em "Veias Abertas da América Latina".

sábado, 23 de abril de 2011

GOTA D'ÁGUA

Hoje (23/04/2011) foi a gota d'água. Ao zapear a tv por volta das 10hs da manhã e me deparar com imagens grotescas de uma reportagem do program Polícia na Rua.
Transcrevo aqui a reclamação que fiz ao Ministério Público sobre dois programas da TV Goiânia, que para mim estão em horário inadequado para a faixa etária. 


Saudações a esta honrosa instituição.
Faz algum tempo que algumas questões me atormentam. Sabendo que as redes de televisão e suas concessionários utilizam de uma concessão pública para funcionamento e que existe uma regulação definidora da faixa etária e os horários para os mesmos, venho através deste fazer uma consulta.
Temos dois programas na tv local, especificamente na TV Goiânia, afiliada a Rede Bandeirantes, intitulados: Polícia na Rua e Chumbo Grosso, que para mim estão em horários inadequados para a faixa etária que está na frente da televisão. No caso do primeiro, aos sábados na parte da manhã, no site da empresa não consta o horário, e eu peguei apenas o último bloco por volta de 10 horas da manhã que foi este aqui: http://youtu.be/aAw-1-MXJhs O outro de segunda a sexta das 13:05 às 14:15hs. 
Tanto um como outro programa possuí uma linguagem inadequada para crianças e jovens, além de cenas de violência, como corpos violentados, enfim, não preciso aqui descrever as barbaridades e absurdos transmitidos pelos dois programas.
A favor que sou da liberdade de expressão, não venho aqui solicitando o banimento dos programas, mas que mudem para horário adequado para a faixa etária, pois, para mim deve ser acima de 16 ou 18 anos.
A mesma reclamação feita aqui estou encaminhando para o Ministério das Comunicações (descobri que é o Ministério da Justiça o responsável, e assim fiz a reclamação), pois considero um afronta ao Estatuto da Criança e do Adolescente. E muito me admira programas que dizem estar do lado da lei e a favor do combate a violência terem nos comentários de seus apresentadores questionamentos quanto à lei Maria da Penha, à lei de pensão alimentícia, mas principalmente nas imagens veiculada, que me parecem mais um incitamento à violência, pois no pensamento dos produtores e apresentadores a justiça não funciona em nosso país, por isso a polícia revoltada acaba fazendo justiça com as próprias mãos. Há ainda a exposição de suspeitos à ridicularização público. Onde está o direito de inviolabilidade? Sem falar na que durante o programa Chumbo Grosso, a publicidade de remédios que promete milagres, demonstram o tipo de perspectiva atuante que no lugar de informar, deforma. 
Então, assim como eles têm o direito a essa livre expressão eu tenho o direito de não querer que meus filhos, alunos, enfim, que as crianças e jovens do estado de Goiás tenham a infelicidade de assistir esses programas já que os horários em que eles são veiculados temos uma quantidade enorme de crianças e adolescentes em frente a TV.
Espero que o MP possa me dar alguma resposta de como proceder para modificar essa realidade que afronta o direito básico do cidadão brasileiro que é a dignidade.
Se você também considera pertinente minha contestação, faça também sua reclamação aqui: http://www.mp.go.gov.br/portalweb/1/fale

Não sou especialista e para quem quiser conhecer mais sobre a questão sugiro estes blogs: 

terça-feira, 8 de março de 2011

Clipping para o dia Internacional das Mulheres

Uma singela contribuição para este dia que apesar do carnaval merece mais reflexão do que comemoração.
A poesia em primeiro lugar:


Poeminha para o dia internacional da mulher:)
"poesia menina isso é tolice
com 25 aninhos e essa bundinha
desnudar a alma é até burrice
te mostra nua em pêlo e sem apelo
terás todos os reinos
serás rainha
do teu corpo-deserto serei camelo"
(Menos uma. Autora desconhecida)
@ivanabentes

INDUÇÃO ELETIVA NO PARTO ESTÁ RELACIONADA À MAIORES RISCOS - IG: http://tinyurl.com/4k8s3un
AS MULHERES NA AGRICULTURA - Carta Capital: http://tinyurl.com/46j4np3
AS MULHERES E O VOTO COR DE ROSA - Blog do Miro: http://tinyurl.com/4blmwfb
AS MULHERES EM BUSCA DOS ESPAÇOS DE PODER - Revista Fórum: http://tinyurl.com/4e9g79p
PARA ONDE O MACHISMO VAI NOS LEVAR? - Blogueiras Feministas: http://tinyurl.com/49kt6sk
SOZINHA, NÃO SE MUDA NADA - Revista Fórum: http://tinyurl.com/4je943v
UM NOVO CAMINHO SE ABRE PARA NÓS - Tribuna do Planalto: http://tinyurl.com/4ujy6cc
MULHERES ENCARCERADAS - Revista Fórum:http://tinyurl.com/4bq5nye

sexta-feira, 4 de março de 2011

Da cegueira ao entendimento: anti-racismo, vamos nessa?

Um e-mail recebido ontem da http://www.asppir.wordpress.com/ me moveu a criar este post com a história de Márcia Severino de Oliveira. Na verdade reproduzo o texto produzido por Karolline Soares. Esta é uma daquelas histórias que não pode e não deve cair no esquecimento, mas que deve ser divulgada para alimentar outras ações com sentido anti-racista, solidárias e que contribuam para despertar o desenvolvimento social da população brasileira. 
Sempre digo que os alunos de escolas públicas precisam é de confiança - em conjunto com um ensino de qualidade, é claro - pois em geral já são condenados como estúpidos, indisciplinados, bárbaros, que não querem nada com nada. Esta tem sido a melhor saída encontrada pelo corpo docente e dirigente, haja vista, o despreparo em que muitas vezes se encontram, dificulta a autocrítica e a reflexão sobre o trabalho realizado nas escolas que levaria-os a notar o quão distante estão as escolas da realidade de nossas crianças e jovens, como falta protagonismo infato-juvenil, como desperdiçamos talentos, como reproduzimos preconceitos e o quanto subestimamos nossos alunos e que é preciso mudar a ação educativa.  
Porém, não é meu intuito, aqui, fazer uma análise pormenorizada desta questão, e sim apresentar-lhes Márcia Severino de Oliveira para que reflitamos em conjunto:

“LUTEI E CONSEGUI!”



Márcia Severino de Oliveira. Assim foi batizada, uma mulher de pele negra, considerada um símbolo contra todas as desigualdades. Márcia, uma brasiliense simpática, tem mais de 40 décadas de caminhada, marcada por sofrimentos, discriminações e vitórias. “Meu pai tinha uma chácara em Águas Lindas de Goiás. Morávamos no DF (Distrito Federal) e aqui ao mesmo tempo, mas meu coração é aguaslindense com certeza”, ressalta.


Popularmente conhecida por Márcia Napoleão – por ser filha do pioneiro e policial federal João Napoleão, que veio viver e morar em Águas Lindas desde 1982 – a professora, formada em pedagogia pela Universidade Católica de Brasília, sempre lutou pelo direito do povo, como se fosse uma causa particular.


O pai de Márcia ficou conhecido por ajudar na construção da Igreja São Pedro de Águas Lindas de Goiás

Mãe de uma menina de seis anos, Márcia moradora de Taguatinga/DF, fez sua carreira em Águas Lindas de Goiás, onde iniciou como diretora do Colégio Municipal Darci Ribeiro em 1998. “Nesta época me destaquei, pois inovei totalmente. Transformei a escola numa verdadeira casa para os alunos. Cuidava de mais de 1200 alunos, como se fossem todos meus”, afirma Márcia.

Márcia revolucionou o campo acadêmico em Águas Lindas. Transformou as escolas, em um lugar agradável, onde crianças e adolescentes gostavam de ficar o dia todo. “Tenho orgulho de dizer, que fiz a diferença neste município, apesar de tantas dificuldades que passei”, completa.

Exemplo de vida!

Márcia foi além. Ajudou a criar a primeira biblioteca do município. “Já cataloguei mais de quatro mil livros, durante muito tempo. Foi trabalho demais”, brinca.

Além das dificuldades que já existiam em Águas Lindas, a professora teve que enfrentar discriminações. “Infelizmente, passei por isso, fui humilhada por ser negra e por acharem que eu não teria capacidade para certas coisas. Foi muito triste e traumático”, conta Márcia. 

Mas a guerreira não permitiu que isso atrapalhasse seus sonhos. Depois de muito tentar entender o que estava acontecendo, a professora descobriu. “Eu tinha medo de enfrentar as pessoas, eu tinha medo de mostrar minha capacidade. E foi justamente este medo, que me ajudou e transformou tudo”, comemora.

Márcia criou então, o projeto “Quebrando a Cultura do Medo”, na tentativa de mostrar a importância das pessoas lutarem pelos seus direitos e não se permitirem sofrer qualquer tipo de discriminação. O projeto deu início na Escola Kennedy, no Setor Pérola, em 2005.

“O projeto serve para as pessoas entenderem uma coisa: não adianta fugir dos problemas, o melhor é encará-los. Graças a Deus, o projeto atende principalmente crianças e adolescentes. Esses precisam aprender desde cedo, o que é lutar pelos direitos. Saber peitar tudo aquilo que for ruim”, explica Márcia.
O projeto tem o apoio do Ministério de Políticas de Promoção da Igualdade da Presidência da República e atualmente, atende todas as escolas municipais de Águas Lindas de Goiás.

Márcia, feliz e orgulhosa, deixa uma mensagem. “Espero que as pessoas prossigam com este respeito ao próximo e que saibam recorrer quando for necessário. Sempre que precisar: denuncie e dê seu grito de liberdade”.

Texto: Karolline Soares
FotoS: Arquivo pessoal

Seguem alguns links para outros blogs e notícias que devem contribuir com a reflexão:

- Carta Aberta ao Ziraldo, por Ana Maria Gonçalves . Produzida após o cartunista elaborar desenho para o bloco carnavalesco  Que merda é essa ?

Uma defesa ao pensamento de Monteiro Lobato, questionado recentemente em parecer do Conselho Nacional de Educação:


- Monteiro Lobato vai para o trono? artigo de Muniz Sodré. Onde analisa o silêncio da mídia e a cegueira intelectual ante a questão racial no Brasil a partir do caso do parecer do CNE ao livro Caçadas de Pedrinho : http://www.revistaforum.com.br/noticias/2011/03/02/monteiro_lobato_vai_para_o_trono_/
- A Rota de Extermínio da Juventude Negra Brasileira, por Deise Benedito. Uma análise da sistemática e continua política genocida praticada pelos aparatos de poder do estado brasileiro. http://africas.com.br/site/index.php/archives/8646

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Campanha pela Memória e pela Verdade - OAB/RJ - Eliane Giardini

Entre 1964 e 1985 o Brasil foi governado por uma ditadura militar. Nos anos mais duros inúmeras pessoas foram desaparecidas, muitas mortas nos centros de tortura chamados Doi-Codi.
A Argentina viveu o mesmo processo entre 1976 e 1983, porém, diferente do Brasil vem condenando os militares pelos crimes cometidos. http://www.cartacapital.com.br/internacional/jorge-videla-primeiro-presidente-da-ditadura-militar-argentina-e-condenado-a-prisao-perpetua
A OAB-RJ está em campanha para que os arquivos da ditadura sejam abertos, para que pelo menos as famílias saibam o destino de seus entes queridos desaparecidos. Contribua, divulgue!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011