segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Arruda em Goiás é mato!

Interessante que o campeão da moralidade Sen. Demóstenes Torres também consta nas doações, assim, como a Rachel Azeredo com sua empáfia de moralista. E o Cidinho também não poderia faltar, assim como Maguito, Thiago Peixoto e José Nelto (este é o que prega que polícia tem que matar bandido - já pensou se a polícia resolve fazer isso mesmo, inclusive matar tubarões e baleias?)
Bom, mas eu sei que eles estão sendo vítimas de um complô da oposição, coitados... de nós!
Dúvido que o DM, O popular, TBC, JC, TV Goiânia, Record Goiânia, Serra Dourada noticiarão mais este escândalo.


Caixa de Pandora: empresas doaram cerca de R$ 2 milhões para campanhas em 2006



As empresas Infoeducacional, Vertax, Adler e Linknet, citadas na Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal, cujo foco é a puração do "mensalão brasiliense", doaram cerca de R$ 2,1 milhões nas eleições de 2006. A campanha do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), por exemplo, foi contemplada com R$ 50 mil doados pela empresa Conecta Tecnologia em Sistemas de Comunicação, do grupo Vertax.



A Linknet Tecnologia doou R$ 2 milhões para 11 políticos, entre os quais se encontram a ex-governadora de Brasília, Maria de Lourdes Abadia (PSDB), que recebeu R$ 600 mil, o deputado distrital Roberto Lucena (PMDB) com o recebimento de R$ 439,9 mil, e o governador de Goiás, Alcides Rodrigues Filho (PP), agraciado com R$ 400 mil.

Também foi agraciado o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), com R$ 58,1 mil e os peemedebistas candidatos à época, Everardo Alves Ribeiro (R$ 20 mil), Laerte Rodrigues Bessa (R$ 40 mil), Luiz Alberto Maguito Vilea (R$ 300 mil), Marcelo de Araújo Melo (R$ 50 mil), Rachel Azeredo Souza (R$ 26,8 mil), José Nelto Lagares das Mercez (R$ 27,1 mil) ;e Thiago Mello Peixoto da Silveira (R$ 50 mil).

A Infoeducacional, com sede em Minas Gerais, mas com operação consistente em Brasília, contribuiu apenas para a campanha do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PMDB), com R$ 1 mil. A empresa Adler Assessoramento Empresarial não tem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como doadora de campanha em 2006.

A construtora Conbral S/A também foi citada nas investigações da Polícia Federal, mas nos documentos tornados públicos até agora não se sabe qual seria o seu envolvimento. A empreiteira doou, em 2006, R$ 10 mil para a campanha da atual administradora de Brasília, Ivelise Longhi, que foi candidata à deputada distrital.

O advogado da Conbral S/A Construtora Brasília, Maurício González, afirma que o inquérito está sendo estudado na íntegra, mas garante que a Conbral foi surpreendida. “Ao que tudo indica, o Durval errou o nome da empresa na hora do seu depoimento. Ele afirmou em seu depoimento que a construtora pertencia a alguém a que ele pretendia acusar e acabou citando outra que não soube sequer apontar o nome de um funcionário ou sócio. Estamos dispostos a oferecer toda a documentação necessária à Justiça, porque a empresa não participa de nenhum esquema”, afirma González.

Para o advogado da empresa, não há nenhuma ilegalidade na doação feita pela empresa a então candidata à deputada distrital Ivelise Longhi. “Se essa doação foi feita, e imagino que a empresa tenha mesmo feito umas duas doações naquela eleição, ela foi devidamente registrada na prestação de contas para o TSE, dentro da legalidade”, diz o advogado.

Nenhum representante da Adler, Linknet e Infoeducacional foi encontrado. A empresa Vertax não retornou às ligações da equipe de reportagem.

Caixa de Pandora

De acordo com a Polícia Federal, as quatro empresas que prestam serviços para o governo local teriam levantado R$ 600 mil para que Arruda, supostamente, oferecesse os recursos à base governista. Primeiro, as empresas teriam repassado o dinheiro ao GDF que, por sua vez, o encaminharia aos aliados.

O governador Arruda, o vice-governador Paulo Octávio, assessores do governo do DF, deputados distritais e empresários são citados na operação da PF que aponta suposto esquema de corrupção com superfaturamento de contratos, irregularidades em licitações e pagamentos de propinas. A operação Caixa de Pandora foi deflagrada na última sexta-feira (27).

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) decidiu nesta segunda-feira (30) apresentar um pedido de impeachment contra o governador Arruda, por crime de responsabilidade. Contudo, o pedido ainda deverá ser analisado pelos conselheiros da seccional do DF.

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Amanda Costa e Milton Júnior
Do Contas Abertas

Eita goiazão véi!!!!

Estamos bem de candidatos para governador. O outro favorito, quebrou a Caixego, surrupiou o Beg, entre outras peraltices multirânicas. 
Enquanto isso, a grande mídia se cala!


29/11/2009


Pré-candidato, Marconi é acusado por problemas na primeira gestão



MP apurou que um avião oficial do governo foi ao Rio buscar dinheiro ilegal para campanha em 2000


Foram duas as ações propostas pelo Ministério Público contra o senador que remetem ao seu período como governador de Goiás; situações envolvem Celg e propaganda ilegal

Da Redação


O Ministério Público de Goiás ofertou denúncia contra ex-governador e atual vice-presidente do Senado, Marconi Perillo, à Justiça por desvio de dinheiro e suspeita de caixa dois eleitoral. As acusações remetem ao período em que Perillo foi governador do Estado. O tucano cumpriu dois mandatos, de 1999 a 2006. O atual senador e pré-candidato ao governo de Goiás é acusado de improbidade administrativa, por ter autorizado a contratação de uma fundação do Rio de Janeiro para prestar serviços de consultoria à Celg.
De acordo com informações do MP, ao realizar a quebra do sigilo da fundação carioca e das outras empresas envolvidas no caso, descobriu-se que parte do valor do contrato, que totalizava R$ 4,5 milhões, voltou para Goiás e teve como um dos destinatários o empresário Janides de Souza Fernandes, que foi presidente do extinto Banco do Estado de Goiás (BEG) durante o governo do tucano. Informações do jornal paulista Estado de São Paulo, que teve acesso à denúncia, Fernandes teria recebido em sua conta bancária R$ 561 mil.


Campanha 
A quebra do sigilo bancário da Pro-UniRio apontou que, do valor recebido pela entidade, R$ 1,8 milhão foram sacados em dinheiro. Em depoimento à Promotoria, Rita dos Anjos, ex-funcionária da fundação, revelou que esse dinheiro teria sido destinado à campanha da hoje senadora tucana Lúcia Vânia à Prefeitura de Goiânia, em 2000. A testemunha declarou que um avião oficial do governo de Goiás teria pousado no Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio, para buscar o dinheiro. Perillo e Vânia negam e a senadora, mesmo citada diretamente na denúncia, está fora do rol de denunciados.

A Pro-UniRio, extinta em 2002, era ligada à Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Seu contrato com a Celg foi assinado em 2000. A missão da fundação era revisar as contas da estatal e tentar melhorar seu desempenho financeiro, principalmente na área tributária.
A Promotoria alega que, após ser contratada, a fundação terceirizou o serviço. Como governador, Perillo assinou em 16 de março de 2000 ato que abriu caminho para a contratação.

Bloqueio
Em meio à sequência de transações, o Ministério Público detectou um saque em espécie de R$ 1,8 milhão – o dinheiro que, segundo a acusação, teria sido destinado à campanha municipal do PSDB goiano em 2000.
A denúncia, assinada pelos promotores Fernando Krebs e Abrão Amisy Neto, foi ajuizada na última sexta-feira na 2ª Vara Cível de Goiânia - como a acusação é de improbidade administrativa, segundo o Ministério Público, não teria foro privilegiado. Na seara criminal, a contratação da Fundação Pro-Uni-Rio é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal.

Os promotores pediram o bloqueio de bens dos réus – além de Marconi, outros 17, entre pessoas físicas e jurídicas – no valor necessário ao ressarcimento da Celg. No mérito, requerem a condenação nas sanções da Lei de Improbidade (artigo 12, II e III da Lei 8.429/92).
Outra ação também é proposta contra Perillo
Denúncia envolve o deputado Sandes Júnior e também remete a campanhas eleitorais frustradas
Já em uma segunda ação, proposta no dia 24, o senador Marconi Perillo é acusado, juntamente com o deputado federal Sandes Júnior, de fazer uso indevido de propaganda eleitoral. Pelo documento, em setembro de 2004, o então governador Marconi teria organizado a veiculação da propaganda eleitoral de seu governo, abordando serviços realizados em Goiânia, logo após a propaganda partidária do então candidato a prefeito da capital, Sandes Júnior.
 
Segundo averiguado pelo promotor de Defesa do Patrimônio Público, Fernando Krebs, as publicidades possuíam “nítida e indisfarçável semelhança, transformando a propaganda oficial – que não deve ter finalidade político-partidária – em extensão do programa eleitoral gratuito”.

Dessa maneira, utilizando essas propagandas, pagas com dinheiro público, para beneficiar o candidato que estava apoiando nas eleições municipais de 2004, ele incorreu em ato de improbidade. Na ação, foi ressaltado que, à época, a propaganda foi declarada ilegal pela Justiça Eleitoral e suspensa.
Assim, nesta ação, o Ministério Público de Goiás requer o bloqueio dos bens dos réus para o ressarcimento integral ao Estado da quantia gasta com as publicidades, no valor de R$ 215.578 mil, devidamente corrigidos.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Turbilhão Afrociberdélico

Esta semana teremos um turbilhão de atrações musicais ocorrendo por vários pontos de Goiânia. Falo do turbilhão porque dois grandes eventos ocorrerão quase simultaneamente: IV Projeto Intercâmbio Empório da Música e o XV Goiânia Noise/Brasil Central Music Conference.
O projeto Intercâmbio é desenvolvido pelo Fórum Nacional de Música que congrega autores-produtores independentes. Já o Noise quase dispensa apresentações vêm afirmando Goiânia como uma cidade que produz rock e não apenas duplas sertanejas.
Tanto um quanto o outro evento sofrem este ano uma inflexão, uma mudança de rumos interessante e feliz, ou seja, paltam-se para uma abertura na amplitude dos gêneros e linguagens musicais.
O Intercâmbio em geral foi um festival mais voltado para a MPB, o que não continua deixando de ser, porém, dialoga com o rap, o reggae e os ritmos afro-brasileiros de linhagens regionalistas nesta edição de 2009. Este evento ocorrerá no Campus II da UFG, o que parece ser sua principal desvantagem – a distância –, apesar de poder contar com o público universitário. O teatro da Escola de Música e Artes Cênicas, o Centro de Cultura e Eventos, além de uma tenda entre os dois espaços constituírão o território de materialização do Intercâmbio. A programação completa se encontra aqui: http://www.republicadocerrado.org.br/pagina.asp?pagina=5881
Já o Noise surpreende com o estabelecimento e ampliação dos diálogos com gêneros musicais para além do rock. Não sei o quanto de vanguarda há nesta guinada, porém, percebo uma proximidade com o Abril Pró-rock de Recife, que apesar do nome sempre foi extremamente eclético, o que não tira o mérito da transformação. A novidade maior, para mim, é a descentralização, ocorrendo em vários espaços, pelo Centro, setor Sul e Goiânia Viva. Agora o desafio que fica é para os próximos anos: que tal colocar os roqueiros classe média na perifa e levar o hip-hop para o centro? Veja a progamação aqui: http://www.monstrodiscos.com.br/noticia.php?indice=423
Para nossa infelicidade os eventos ocorrem simultaneamente. Façam suas escolhas e divirta-se a valer. Que este turbilhão reverbere a Afrociberdelia!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Eu repudio a Uniban

Ao expulsar a aluna Geyse a Universidade Bandeirante demonstrou claramente traços de autoritarismo e falta de ética para tratar conflitos que servem justamente para a formação moral e ética da comunidade universitária, cujos elementos fazem parte de uma sociedade maior.
Acho inaceitável o desfecho dado no caso. A "universidade" poderia ter revertido  caso em debate sobre o lugar da mulher, sobre a questão da liberdade, do direito de ir e vir, de ser tratado com eqüidade, enfim, basicamente trata-se de dignidade. Mais interessante é saber que uma professora do Grupo de Estudos em Direito da Uniban tem o seguinte projeto de pesquisa: Globalização e dignidade humana: uma visão constitucional. Cf. http://www.uniban.br/pesquisa/projetos_a.asp Outro elemento que me chamou a atenção é de que reitor, vice-reitor/conselheiro de graduação, conselheira de pó-graduação, e a própria professora do projeto citado não possuem currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/

Assine a nota de repúdio à Uniban:

Faxina étnica uma questão de classe

O Círculo Palmarino é uma corrente nacional do movimento negro criada em Vitória no Espírito Santo, seu lema é: fortalecer a resistência negra ao liberalismo. 
Há um manifesto publicado no blog: Faxina étnica uma questão de classe. Eu gostaria de compartilhar e principalmente pensar sobre as recomendações feitas no documento. Creio que elas podem e devem ser propostas para nossa realidade regional marcada por outras, mas bem próximas daquelas situações de violência, racismo, e autoritarismo estatal.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

As escolas estão tomando consciência?


Entendo esta tomada de consciência mais como uma inflexão forçada pelo alto, através das cobranças feitas nas avaliações do MEC. Porém, é uma mudança importante que deverá contribuir para uma educação que tenha sentido e seja significativa para nossas crianças e jovens, bem como para os próprios professores. 
Pena  que no caso de Goiás a Secretária (Estadual) ainda empurra um currículo conteudista e extenso que não é sensível as realidades de nossos alunos e professores. Por outro lado, a escola se preocupa com o conteúdo que é empurrado aos alunos ao longo do ano, gerando inclusive o que alguns chamam de estelionato educativo, já que é impossível trabalhá-los por completo, por uma série de fatores que talvez discutamos em outro momento. 
Os alunos, por sua vez, não entendem a importância daqueles conteúdos enfadonhos, desconectados de suas realidades. Nem mesmo os próprios professores vêem importância e sentido nos conteúdos, mas como a relação  que se estabelece é de cobrança do conteúdo definido para determinada série.
 É fato lembrar, que o currículo pode ser  uma orientação, que a Secretária pode até atualizado  os currículos para uma abertura mais temática e calcada em projetos e planejamento. Mas para os coordenadores  pedagógicos de muitas escolas ele é um  documento quase sagrado. Na verdade, no caso da educação publica estadual, falta um diálogo franco, falta clareza, sensibilidade, mas sobretudo falta respeito e valorização ao educador, perdido no vendaval de transformações muito rápidas no âmbito do conhecimento e da própria vida cotidiana, nas cobranças exacerbadas, da responsabilidade tremenda, da falta de estrutura, dos mandos e desmandos e principalmente de uma total inexistência de um programa de estado  para a educação. 
Até quando estaremos a mercê dos burocratas e técnicos que valorizam papéis, planilhas, gastos e receitas, porém não compreendem a importância da autonomia da escola, e de que a escola deve ser um espaço de produção de conhecimento e não apenas reprodutora? Mas para esta mudança a família, a sociedade, a universidade deve se aproximar da escola. Muitas saídas, vários caminhos, que eu não deverei definir ou descrever algum aqui deixo para Lino de Macedo. Resta manter a chama viva e imune ao “burn out”. 

Folha de São Paulo, 01/11/2009 - São Paulo SP
As escolas estão tomando consciência
LINO DE MACEDO ESPECIAL PARA A FOLHA
No Brasil, a valorização de um ensino por competências e habilidades na educação básica foi desencadeada pelo Enem. Para a formulação deste exame, de acordo com o proposto nas Leis das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, ocorreram-nos as seguintes questões: o que a sociedade, a família e os próprios alunos podem esperar ao término do ensino médio? O que levam para sua vida, do que aprenderam na escola? Qual é o valor de uma educação básica para todas as crianças e jovens do Brasil? Entendemos, então, que a melhor resposta para este tipo de avaliação externa seria verificar o quanto e o como os alunos sabiam pensar conteúdos disciplinares em termos de competências e habilidades a eles relacionadas.

O reconhecimento social desta forma de avaliação repercutiu nas escolas, lembrando-as de que conteúdos disciplinares se não transformados em procedimentos ou modos de 
compreender as coisas acabam esquecidos ou substituídos por outros. Recuperou-se, assim, o compromisso de se educar para a vida nos termos atuais. Nesta nova perspectiva, os professores, designados pelas disciplinas em que são especialistas (matemática, língua portuguesa, história, artes etc.), devem se comportar como "profissionais da aprendizagem". O que era fim (os conteúdos disciplinares) agora são meios por intermédio dos quais os alunos aprendem a pensar, criticar, antecipar, argumentar, tomar decisões. Valorizar competências e habilidades na educação básica significa compreender crianças e jovens como capazes de aprender noções básicas das disciplinas científicas, expressar pontos de vista, viver contradições ou insuficiências e construir autonomia.

Trata-se, de modo geral, de aprender a ser competente para trabalhar em grupo, defender posições, argumentar, compartilhar
informações, participar e cooperar em projetos, definir, aceitar ou consentir em regras que organizam ou disciplinam o convívio escolar, respeitar limites de espaço e tempo. Trata-se, de modo específico, de aprender, por exemplo, a fazer cálculos para utilizá-los bem na resolução de um problema, que demanda compreensão, tomada de decisão, demonstração. Conhecer leis da biologia, química ou física entregando-se a suas verdades na prática, ou seja, reconhecendo que aquilo que está nos livros também pode acontecer na realidade. Quanto mais uma sociedade é livre, democrática, aberta e sensível à diversidade dos interesses e possibilidades de seus integrantes, mais o exercício da competência é requerido em situações do cotidiano da vida. Maravilha, que ela (a escola) está tomando consciência disto.  
LINO DE MACEDO é professor de Psicologia do Desenvolvimento aplicada à Educação do Instituto de Psicologia da USP e um dos formuladores do Enem.